Mulher magra, passando por transtorno alimentar.

O que é transtorno alimentar e por que afeta mais mulheres?

Os transtornos alimentares são doenças mentais que afetam a forma como as pessoas se relacionam com a comida, o peso e a imagem corporal. Eles podem ser graves e levar a problemas de saúde física e mental.

Quais são os tipos de transtornos alimentares?

Os principais tipos de transtornos alimentares são:

  • Anorexia nervosa: caracteriza-se pela perda de peso extrema, medo de engordar e distorção da imagem corporal.
  • Bulimia nervosa: caracteriza-se por episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios, como vômito, uso de laxantes ou diuréticos ou exercícios físicos excessivos.
  • Transtorno de compulsão alimentar periódica: caracteriza-se por episódios de compulsão alimentar repetidos, sem comportamentos compensatórios.
  • Transtorno de ruminação: caracteriza-se pela regurgitação de alimentos após a ingestão, sem causa médica.
  • Transtorno de evitação/restrição alimentar: caracteriza-se pela recusa ou restrição persistente da ingestão de alimentos, com perda de peso significativa ou comprometimento da saúde física.

Por que os transtornos alimentares afetam mais mulheres?

Ainda não se sabe ao certo por que os transtornos alimentares afetam mais mulheres. No entanto, acredita-se que fatores biológicos, psicológicos e principalmente sociais podem contribuir para o desenvolvimento dessas doenças.

Fatores biológicos: as mulheres podem ser mais propensas aos transtornos alimentares por causa de fatores hormonais e genéticos. Por exemplo, as mulheres têm níveis mais altos de hormônios que podem levar à perda de peso, como a grelina. Além disso, mulheres que têm familiares com transtornos alimentares têm maior risco de desenvolver a doença.

Fatores psicológicos: os transtornos alimentares podem ser causados por problemas psicológicos, como baixa autoestima, ansiedade ou depressão. As pessoas com transtornos alimentares muitas vezes têm uma imagem corporal distorcida, o que as leva a acreditar que são mais gordas do que realmente são.

Fatores sociais: a mídia e a cultura também podem contribuir para o desenvolvimento dos transtornos alimentares. A mídia frequentemente promove um ideal de beleza inatingível, que pode levar as mulheres a se sentirem inadequadas e a desenvolverem transtornos alimentares como forma de controlar o peso.

Dados sobre transtornos alimentares

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo sofrem de transtornos alimentares. No Brasil, a prevalência da anorexia nervosa é de 0,3% em mulheres e 0,1% em homens. A bulimia nervosa afeta 1,5% das mulheres e 0,5% dos homens.

Como identificar um transtorno alimentar?

Se você ou alguém que você conhece apresenta algum dos seguintes sintomas, é importante procurar ajuda profissional:

  • Perda de peso significativa ou ganho de peso involuntário;
  • Preocupação excessiva com o peso ou a forma corporal;
  • Alterações nos hábitos alimentares, como restrição da ingestão de alimentos ou episódios de compulsão alimentar;
  • Uso de laxantes, diuréticos ou exercícios físicos excessivos para controlar o peso;
  • Mudanças no comportamento, como isolamento social ou isolamento, irritabilidade ou depressão.

Tratamento para transtornos alimentares

O tratamento para transtornos alimentares é multidisciplinar e envolve a participação de um médico, psicólogo e nutricionista. O objetivo do tratamento é ajudar a pessoa a recuperar o peso saudável, a melhorar a imagem corporal e a lidar com os fatores psicológicos que contribuem para o desenvolvimento da doença.

É fundamental que o tratamento para transtornos alimentares comece o mais rápido possível. Quanto mais cedo o tratamento começar, menor será o risco de complicações físicas e psicológicas.

Como prevenir transtornos alimentares?

Não existe uma maneira 100% eficaz de prevenir transtornos alimentares, mas algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de desenvolvimento dessas doenças, como:

  • Promover uma imagem corporal positiva;
  • Ensinar as crianças e adolescentes a desenvolverem uma relação saudável com a comida;
  • Falar sobre transtornos alimentares de forma aberta e honesta;
  • Procurar ajuda profissional se você ou alguém que você conhece apresenta sinais de um transtorno alimentar.